domingo, 11 de dezembro de 2016

calendário do advento: dia 10

fazer bolachas com os primos.

mas antes foi mais uma manhã maluca, em que faço com eles as coisas que têm de ser feitas, e às vezes arrependo-me porque não consigo descobrir forma de fazer melhor. o carro que não me deixa descansada, o dinheiro que só sai, ambos super irrequietos numa ourivesaria cheia de vidros super limpos e invisíveis, cansados quando preciso (já) trocar uma prenda que ainda nem ofereci. tantas birras por quem pede pelo meu tempo, tantos malabarismos com quem se acha na idade de que pode tudo. chegar esgotada e ter de acordar ambos para subirmos para casa, não por estar carregada mas porque não é justo para ela eu levar o mano ao colo que já sobe tão bem as escadas. e ainda o meio dia está longe e o meu cansaço e controlfreack a descontrolarem-se e a saírem em forma de grito com quem não tem culpa. o almoço inicia e o pai acorda, quando o apanho sozinho caio nos seus braços e desmancho-me como há tanto não acontecia, mas mesmo assim é só a ponta do iceberg. um único pensamento: não foi isto que desejei quando sonhei ser mãe!!

foi o suficiente para apanhar ar para respirar fundo e prosseguir. sorrir, agradecer.

e os primos vieram cá, chegaram já estavam quase os scones a ir para o forno (deviam ter sido o dobro mas não pensei que o nosso lanche fosse movendo-se até quase à hora da ceia). depois veio a massa das bolachas, de gengibre e canela, bem escuras até porque a farinha era também escura. ver todos sorrir, poder brincar, poder falar desabafar, partilhar os nossos filhos com os tios e primos, e sentir mesmo que todos os fazemos. adoro quando o meu irmão chama o S para brincar porque me vê esgotada, adoro como a D adora estar com os primos mais velhos, adoro como o meu irmão pega no S para fazer bolachas ou o que seja, adoro como o miúdo venera o tio e lembro-me como o meu irmão achava, no seu primeiro ano, que o miúdo não gostava dele.. adoro como partilho tanto com a minha cunhada.

[um mata post: aquele post que tem vários temas sem ter nada]

vê-los felizes, atender o telefone do meu irmão quando a minha mãe liga e conseguir engana-la. saber que uma das memórias mais antigas do meu irmão é de nós dois a brincarmos na marquise da minha mãe e eu mandar um chinelo pela janela. ficar a saber que há uma escola domiciliar muito perto de mim e fazer-me algum sentido.

e tê-los a agradecer-me por este dia com os primos.

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